Ensino de Química e afetividade: o impacto das relações construídas no contexto educacional.

Abstract

A afetividade no ensino é uma temática pouco discutida apesar de sua grande relevância. Foi justamente por uma análise de fatores durante a minha formação acadêmica, tais como as vivências do Estágio Curricular I e da Residência Pedagógica que despertei o desejo de estudar e discutir acerca desse tema. Agora, vivendo um momento de pandemia, podemos perceber mais do que nunca o quanto as relações afetivas impactam no desenvolvimento do conhecimento e no desempenho e interação dos alunos com seus colegas de sala de aula e professores. A forma como a comunicação está sendo estabelecida durante as atuais mediações nas escolas, em um ensino remoto, é reflexo do que já vinha acontecendo antes e deve ser problematizada. Visto isso, com o objetivo de analisar os impactos da afetividade no processo de ensino aprendizagem e no desenvolvimento dos alunos, utilizando como referencial teórico autores como Henri Wallon e Lev Vygotsky, foi aplicado um questionário semi-estruturado a professores de Química de duas escolas, da rede pública do Estado do Rio de Janeiro, situadas na Baixada Fluminense, já trabalhadas. Assim, com esse estudo, discutindo as relações construídas no interior das instituições escolares, os impactos delas na realidade das instituições e, por conseguinte, na prática docente e na construção do conhecimento, concluiu-se que apesar da afetividade estar presente no meio educacional, nem todos a reconhecem e entendem da melhor maneira.