Pelo não silenciamento: ecoar das vozes de futuros professores de química sobre a educação de jovens e adultos.
Resumen
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) ocupa lugar marginalizado em muitas
formações acadêmicas, inclusive na formação de futuros professores de Química.
Tendo como premissa a importância de se refletir sobre esse assunto desde a
formação inicial, temse como objetivo, nesta pesquisa, mapear o lugar que a EJA
ocupa na formação de futuros professores de Química do Instituto Federal do Rio de
Janeiro campus Duque de Caxias (IFRJ CDUC), a fim de se responder a seguinte
pergunta: qual lugar ocupa a EJA na formação dos licenciandos em Química do
IFRJ CDUC? Justificase a escolha do tema por dois principais motivos: a carência
de pesquisas em EJA na formação inicial de professores de Química, dados
constatados por meio da pesquisa bibliográfica realizada; e as inquietações que
movem a pesquisadora, a partir de suas práticas e vivências com essa específica
modalidade de ensino. Para tal investigação, o principal instrumento de coleta de
dados foi um questionário produzido no Google Forms, com perguntas abertas e
fechadas, a ser analisado em uma abordagem qualitativa de pesquisa. A partir da
constatação de que não há na grade curricular da Química no IFRJ CDUC uma
disciplina obrigatória sobre a EJA, tendo como resposta do questionário 93,1%
afirmando que não se considera preparado para lidar com as especificidades da EJA
e ao observar a nuvem de palavras formada a partir da reflexão feita pelo
questionário, em que as palavras usadas para descrever o lugar da EJA foram, entre
outras, destaco “nenhum”, “inexistente”, “segundo plano”, traz a reflexão proposta na
pergunta de pesquisa e nos leva a defender a inclusão da EJA como uma disciplina
obrigatória na grade da Licenciatura em Química do IFRJ CDUC como um processo
reparatório com os alunos e os futuros professores de Química, já que a EJA requer
reflexões dadas as suas particularidades e seu histórico de luta na garantia dos
direitos à Educação.