A contribuição dos espaços informais da educação profissional e tecnológica na formação integral discente.

Abstract

O presente trabalho discute a contribuição dos espaços informais do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) para a formação integral discente. Reconhecendo o compromisso de uma formação plena desde a sua criação, o IFRJ propicia todos os conhecimentos de maneira articulada. Logo, além das disciplinas técnicas e básicas, diversos saberes dialogam entre si visando oferecer oportunidades para os estudantes desenvolverem suas diversas áreas de interesse. Tendo essa formação ampla, em todas as direções, o estudante se emancipa, aproximando-se da Omnilateralidade, o que reflete em atuação na sociedade. Dessa forma, todos os espaços de formação humana são considerados, não só os Formais (Sala de aula) ou Não Formais (Laboratórios, Bibliotecas ou Visitas Técnicas). Com base na Teoria Crítica Curricular ressaltamos os Espaços Informais, identificando todos os momentos em que as relações sociais se dão, favorecendo diversos aprendizados. Esse é o conceito do Currículo Oculto, um dos níveis de atuação e abordagem curriculares na prática educativa, também lugar onde se insere o corpo técnico-administrativo. Apenas a oferta de conteúdos programáticos não é o suficiente para propiciar uma formação integral; então, enfatizamos a contribuição desses Profissionais da Educação no processo formador discente. A pesquisa se deu com a Metodologia de abordagem Qualitativa, com o uso de questionários semiestruturados via Google Forms. O campo de pesquisa escolhido foi o Campus São Gonçalo/IFRJ (CSG), onde alunos dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio, a partir de 18 anos, participaram da pesquisa registrando como veem a contribuição desses profissionais no seu processo formador. Para isso, foi elaborada uma Mídia Educativa, um Site, como Produto Educacional (PE), a partir de dados coletados de Egressos e do próprio corpo técnico-administrativo. O PE foi escolhido objetivando uma ferramenta que propiciasse diálogo com os estudantes e estreitamento na relação com os servidores técnicos administrativos. Visando uma comunicação eficiente foram consideradas praticidade e sustentabilidade no intuito de apresentar ao corpo discente uma ferramenta de apoio para o entendimento sobre o IFRJ e saberes que contribuirão para sua formação. No processo formador todos os atores podem se entender como um elemento cooperador. Então, buscamos identificar a contribuição dos setores e do corpo técnico-administrativo, também profissionais de educação, para o pleno desenvolvimento do estudante. De outra forma reforça-se a dicotomia entre trabalho manual e intelectual, a despeito da qualificação e experiência desses profissionais, por vezes esquecidos ou deixados de lado quando se considera o desenvolvimento cidadão. Concluímos ressaltando o valor do trabalho articulado para a formação integral discente, considerando todos os conhecimentos e profissionais de educação que atuam nos vários espaços de formação humana de uma Unidade Escolar, os servidores docentes e os técnicos administrativos.