dc.identifier.citation | SANTOS, Karla Beatriz Ferreira dos. Associação entre a ocorrência de episódios de congelamento da marcha e a mobilidade, a capacidade de caminhar e o risco de quedas em uma amostra de indivíduos com doença de Parkinson. 26 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Fisioterapia), Instituto Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022. | pt_BR |
dc.description.abstract | Introdução: A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico
degenerativo e progressivo, que afeta as células produtoras de dopamina da
substância negra do mesencéfalo. As alterações provocadas pela DP afetam o
padrão da marcha. Uma das alterações da marcha mais recorrentes na DP é o
congelamento da marcha, que consiste na incapacidade de iniciar a marcha,
mesmo que haja intenção de se locomover. O instrumento mais comumente
utilizado para avaliar os episódios de congelamento da marcha em indivíduos
com DP é o Freezing of Gait questionary (FOG-Q). O Timed up and go (TUG)
avalia a mobilidade, a capacidade de caminhar e o risco de quedas em
indivíduos com DP. Objetivo: Dado que os episódios de congelamento podem
afetar a funcionalidade dos indivíduos com DP, o objetivo deste estudo foi
analisar a associação entre a ocorrência de episódios de congelamento e a
mobilidade, a capacidade de caminhar e o risco de quedas em uma amostra de
indivíduos com DP. Metodologia: Um fisioterapeuta pesquisou os critérios de
elegibilidade de 70 indivíduos com DP. Destes, 32 preencheram os critérios e
aceitaram participar. Em seguida, os participantes foram submetidos a uma
anamnese e a uma avaliação que incluía os instrumentos TUG e FOG-Q.
Resultados: A média dos dados obtidos no TUG foi de 12.18± 2.75 segundos,
indicando risco aumentado de queda. Na aplicação do FOG-Q a média
encontrada foi de 6.72 ± 5.57, não há um ponto de corte para severidade do
congelamento da marcha. A análise de correlação de Pearson indicou uma
relação positiva moderada entre as variáveis estudadas r=0.425 (p=0.015).
Discussão: Segundo os resultados obtidos, quanto maior a ocorrência de
episódios de congelamento, aferida pelo FOG-Q, maior o tempo gasto para
executar o TUG o que, por sua vez, indica pior mobilidade, pior capacidade de
caminhar e maior risco de quedas. O FOG-Q mensura como se dá o evento do
congelamento da marcha, porém não quantifica a mobilidade do indivíduo.
Conclusão: Conclui-se com este estudo que o FOG-Q é uma avaliação
importante, mas pode ser complementada com outras avaliações como o TUG
para uma avaliação mais completa e fidedigna do congelamento da marcha. O
TUG pode avaliar o impacto que a falta de mobilidade e por consequência o
maior nível de congelamento de marcha, podem causar na funcionalidade do
paciente com DP, levando ao aumento do risco de quedas nesses indivíduos. | pt_BR |