Seletividade alimentar em crianças típicas e a integração sensorial como estratégia de tratamento.
Resumo
A seletividade alimentar é também conhecida como uma recusa alimentar, em que
podem-se apresentar preferências a certos tipos de alimentos e aversão a outros,
além de falta de apetite. Essa seletividade normalmente ocorre na fase pré-escolar e
pode persistir até a adolescência. A recusa alimentar em crianças típicas pode estar
associada a alguns fatores como distúrbios do processamento sensorial, ou seja,
recusa de alimentos por sabores, texturas, cheiros e aparências, já que as
informações advindas dos sistemas sensoriais, isto é, do olfato, visão, paladar,
audição, tato, propriocepção e do sistema vestibular, podem ser utilizadas quando a
criança realiza a alimentação. Além disso, crianças com seletividade alimentar
podem apresentar riscos em seu desenvolvimento infantil, em relação ao seu estado
nutricional e seu desempenho ocupacional, trazendo consequências para seu
contexto social. Dessa forma, este artigo busca analisar o que há publicado na
literatura nacional e internacional sobre a seletividade alimentar em crianças típicas
e sobre o método de Integração Sensorial de Ayres (ISA) como estratégia de
tratamento. O presente estudo contou, então, com a análise de 19 artigos
encontrados, que discutiram sobre possíveis fatores associados às dificuldades
alimentares, citando, em sua maioria, a relação dos sistemas sensoriais e como a
disfunção de integração sensorial pode contribuir para tais dificuldades. Além de
discutirem a eficácia da intervenção de integração sensorial de Ayres (ISA) no
tratamento da Seletividade Alimentar, sendo possível, organizar a análise dos
artigos, em 3 categorias, a fim de apresentar mais detalhadamente algumas
características, sendo elas: Integração Sensorial, Disfunção de Integração Sensorial
e Dificuldades Alimentares.