Cardiopatias congênitas e o desenvolvimento de lactentes, pré escolares e escolares: uma revisão narrativa da literatura.
Resumo
Introdução: As cardiopatias congênitas podem ser classificadas como cianogênicas ou
acianogênicas. As cianóticas são definidas pela presença de shunt direita-esquerda e
cianose (cor azulada na pele) e as acianóticas pela ausência de cianose e shunt
esquerda-direita. Devido às internações frequentes da criança com cardiopatia
congênita, pode ocorrer um afastamento de seu convívio social e lazer, podendo
influenciar assim em seu desenvolvimento neuropsicomotor. O desenvolvimento motor
infantil é resultado da interação de vários aspectos, incluindo fatores biológicos,
psicológicos e sociais e evoluem de acordo com a idade do indivíduo, desde
movimentos simples até a execução de habilidades complexas. Vale salientar que
realizar a triagem para identificar possíveis anormalidades e riscos para o
desenvolvimento favorece a intervenção terapêutica, principalmente em períodos do
crescimento da criança. Objetivos: Identificar na literatura científica achados sobre o
desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com cardiopatias congênitas.
Metodologia: O presente trabalho trata-se de uma revisão narrativa da literatura, com a
busca de dados realizada através das bases de dados Medline, Lilacs e Scielo. Foram
incluídos estudos nos últimos 10 anos que abordem sobre o desenvolvimento motor de
crianças com cardiopatia congênita publicados em português e inglês. Resultados:
Foram selecionados 12 artigos, 10 associaram o atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor de lactentes e pré escolares a cardiopatias congênitas e fatores
associados como condição socioeconômica, anatomia ventricular, tempo de internação e
o tipo de cardiopatia. E 2 divergiram os resultados, não associando a atraso. Conclusão:
Com base nas informações coletadas e nos achados na literatura sobre o
desenvolvimento neuropsicomotor de lactentes, pré escolares e escolares com
cardiopatias congênitas, foi possível observar que houveram diferentes achados
referente ao tema abordado. No entanto, de forma geral, notou-se que houve um
comprometimento motor em crianças avaliadas nos trabalhos incluídos nesta revisão,
com idade de 0 a 11 anos, principalmente nas habilidades motoras fina e grossa.