Implementação da reconciliação medicamentosa em um hospital da mulher: um relato de experiência
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Data
2024Autor
Quintanilha, Julia nascimento rosa
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A gestão eficaz dos medicamentos é um componente fundamental para garantir a
segurança e a qualidade no cuidado de saúde, especialmente em ambientes
hospitalares. No contexto de um hospital que atende às necessidades de saúde da
mulher, da gestante e do neonato, a ausência de um sistema estruturado de
reconciliação medicamentosa representa uma lacuna significativa na gestão do
cuidado em saúde. A partir disso, o estudo tem como objetivo descrever o modelo
de reconciliação medicamentosa desenvolvido para ser implementado no Hospital
da Mulher Mariska Ribeiro. A reconciliação de medicamentos tem sido demonstrada
na literatura como uma prática fundamental para aprimorar a segurança do paciente
que utiliza medicamentos de uso domiciliar, por minimizar erros de medicação,
reduzir os custos com tratamentos adicionais e hospitalizações prolongadas, assim
como garantir uma transição segura entre os diferentes níveis de cuidado, contudo,
a implementação eficaz dessa prática pode enfrentar desafios significativos, como a
resistência dos profissionais de saúde, a necessidade de recursos humanos
especializado e a integração com sistemas de registro eletrônico. A metodologia
trata-se de um relato de experiência com uma revisão integrativa da literatura, a
partir da utilização de descritores em ciências da saúde (DeCS) para realizar a
pesquisa bibliográfica nas plataformas Google Acadêmico, SciELO e PubMed. Os
resultados incluem a descrição do planejamento estratégico para a implementação
da reconciliação medicamentosa, em que a pesquisa bibliográfica resultou na
identificação e análise de 7 artigos relevantes que forneceram uma base sólida para
a criação do formulário e da ficha de reconciliação medicamentosa. Esses
instrumentos permitem coletar e armazenar os dados referentes aos medicamentos
de uso domiciliar, respectivamente, bem como o desenvolvimento do modelo de
rotina e fluxograma, que foi projetado para normatizar essa prática, descrevendo a
atividade, o público-alvo, as responsabilidades dos profissionais envolvidos e os
critérios para identificação de discrepâncias. A implementação inicial do processo
9
apresentou dificuldades devido à falta de recursos humanos e restrições
tecnológicas. Em síntese, os objetivos foram alcançados, uma vez que os
instrumentos desenvolvidos representam um avanço para a instituição. No entanto,
a avaliação do impacto dessa implementação não foi possível, sendo necessário um
estudo observacional futuro para monitorar a efetividade do processo e seu impacto
na segurança do paciente