Benzodiazepínicos:uma revisão sobre o riscos de seu uso durante a gestação e a importância da atenção farmacêutica
Resumo
A gestação é um período significativo para muitas mulheres e pessoas que gestam.
Durante essa fase ocorrem diversas mudanças físicas e psicológicas, pois trata-se de
um momento de adaptações fisiológicas, anatômicas e no campo emocional. Estados
emocionais como estresse, ansiedade e depressão podem intensificar. Dentre os
hormônios envolvidos na resposta a situações de estresse, o cortisol é considerado
um biomarcador essencial nessa resposta. A exposição constante a situações
estressantes pode levar à disfunção do sistema nervoso autônomo, resultando na
liberação excessiva desse hormônio pelas glândulas adrenais. Consequentemente,
isso pode causar alterações nas funções neurais relacionadas às respostas
emocionais, como a ansiedade. Os benzodiazepínicos (BZDs) são medicamentos
utilizados no tratamento de transtorno de ansiedade generalizada (TAG), insônia,
convulsões, fobia social e transtorno do pânico. No entanto, seu uso está associado a
diversos efeitos colaterais. Além disso, os BZDs são excretados no leite humano e
atravessam a barreira placentária, podendo representar riscos tanto para a mãe
quanto para o feto, dependendo de suas características químicas. Nesta revisão,
alguns artigos analisados apresentaram evidências que relacionam o uso de
benzodiazepínicos ao aumento do risco de aborto espontâneo e o risco de
malformação congênita. Embora os benzodiazepínicos possam ser considerados
como uma opção de tratamento durante a gestação, é fundamental uma avaliação
médica criteriosa para a análise dos riscos e benefícios. O profissional farmacêutico
desempenha um papel essencial nesse contexto, garantindo indicações e
intervenções terapêuticas seguras tanto para a mãe quanto para o feto.