Farmacovigilância: dispensação racional de insulina como medicamento potencialmente perigoso.
Resumo
O Brasil ocupa a sexta posição no ranking mundial entre os países com mais adultos
(entre a faixa etária de 20 a 79 anos) diagnosticados com Diabetes Mellitus, uma
síndrome crônica, de grande problema para a saúde pública. A insulinoterapia é eficaz
e essencial em muitos casos, contudo, a insulina é classificada como um medicamento
potencialmente perigoso (MPP). MPPs são medicamentos com risco aumentado de
provocar danos significativos ao paciente em decorrência de falhas na sua
administração, portanto devem ser utilizados por um profissional ou indivíduo treinado.
Pesquisas sobre mortes associadas a medicamentos indicam que as classes mais
envolvidas pertenciam aos MPP, e estudos utilizando um sistema informatizado
americano indicam uma taxa de incidência de 45% de erros envolvendo a insulina.
Essas informações evidenciam a importância do farmacêutico na dispensação de
medicamentos e monitoramento da farmacoterapia para a prevenção de riscos,
principalmente em casos de dispensações de MPP, sendo responsáveis pela avaliação
das prescrições quanto à duplicidade terapêutica, intervalos de doses inadequadas e
doses excessivas, identificando e fiscalizando as práticas utilizadas. Além da sua
relevante atuação nas ações de farmacovigilância, que visa à detecção, avaliação,
compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer outros problemas
relacionados a medicamentos. O presente estudo tem o objetivo de realizar um
informativo para profissionais de saúde, com recomendações para administração da
insulina, um medicamento potencialmente perigoso, através de uma revisão
bibliográfica sobre dados de farmacovigilância.