A confecção de uma cartilha sobre disfunção sensorial para pais, responsáveis e cuidadores de crianças com Transtorno de Espectro Autista (TEA) como cuidado do terapeuta ocupacional.

Abstract

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) acomete crianças em várias áreas significativas dentro do desenvolvimento social e também sensorial. A abordagem da parte sensorial é um grande marco para um desenvolvimento equilibrado, desta forma se promove um funcionamento harmônico e fluido na funcionalidade de todos os sentidos ao mesmo tempo. O indivíduo possui 7 sentidos sensoriais, sendo estes: Propriocepção, Vestibular, Tátil, Auditivo, Visual, Olfativo e Paladar , e em casos de alguma alteração sensorial, o terapeuta deve desenvolver uma dieta sensorial. Este tipo de dieta não está ligada à alimentação, mas sim aos sentidos, sendo uma estratégia de bastante utilidade para ajustar os sentidos corporal e manter funcionando de modo igualitário, sem haver nenhuma desregulação. Neste processo, a participação de pais, responsáveis e cuidadores fora do ambiente da terapia é fundamental. Contudo, é percebido que essas pessoas têm muitas dúvidas que podem interferir neste processo. As buscas em sites, redes e sociais permitem o contato com orientações sem base científicas. Além disso, alguns materiais não estão disponíveis de forma gratuita. Ainda há o caso de pessoas que conseguem acessar artigos científicos, contudo, a maioria está em outro idioma. Sendo assim, torna-se relevante a elaboração de materiais educativos com base científica para orientar pais, responsáveis e cuidadores de crianças com TEA e disfunção sensorial. “Então, este trabalho tem como objetivo apresentar uma cartilha com orientações voltadas para esse grupo”. O processo de construção contou com buscas em bases de dados científicas e outros sites. E para apresentação, ela foi dividida da seguinte forma: questões sensoriais em crianças com TEA; ajudando crianças hipossensíveis e ajudando criançashipersensíveis. Em suma, a elaboração da cartilha pretendeu contribuir para um melhor cuidado às crianças com TEA e com disfunção sensorial, além de poder contribuir para o conhecimento de terapeutas ocupacionais. Sugere-se que mais materiais nesse sentido possam ser elaborados e compartilhados, especialmente nas redes sociais, para que pais, responsáveis e cuidadores de crianças com TEA e disfunção sensorial possam ter suas dúvidas sanadas a partir de materiais gratuitos, elaborados a partir de fontes científicas.