Potencialidades e desafios do matriciamento em saúde mental realizado pelo Centro de Atenção Psicossocial: uma revisão de literatura
Fecha
2024Autor
Souza, Thayane Mayara Santana de
Andrade, Maria Aliny Cunha
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O sistema de saúde pública no Brasil passou por uma transformação histórica até a
criação do Sistema Único de Saúde (SUS), que garantiu o acesso universal e
igualitário à saúde. Entretanto, o modelo de cuidado fragmentado e curativo
demonstrou limitações. A organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) foi
implementada para integrar os serviços, com a Atenção Primária à Saúde (APS)
como ponto central de comunicação. Dentre as redes, a Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS) se destaca no campo da saúde mental, com os Centro de
Atenção Psicossocial (CAPS) atuando de forma articulada à Atenção Primária à
Saúde (APS). O matriciamento surge como uma estratégia de apoio para integrar
equipes, compartilhar saberes e promover um cuidado mais eficaz e contínuo em
saúde mental. O objetivo deste trabalho é identificar o conceito do matriciamento,
suas potencialidades e desafios em saúde mental, sendo realizado pelos CAPS em
articulação com a APS. A metodologia do trabalho consiste em uma revisão
integrativa de literatura, foram realizadas buscas na Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS). Após a aplicação de critérios de elegibilidade, seis artigos foram selecionados
para análise e incluídos neste trabaalho. Os resultados foram categorizados em três
eixos principais: a definição e compreensão do matriciamento, as potencialidades
do matriciamento em saúde mental, e os desafios enfrentados para sua
implementação. Os resultados mostram que o matriciamento é descrito como uma
metodologia que combina suporte técnico e prático e possibilita a troca de saberes
entre os profissionais de saúde, melhora a corresponsabilização pelo cuidado e
facilita a criação de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS). No entanto, a
implementação enfrenta desafios, como a sobrecarga de trabalho, a falta de
capacitação adequada e a dificuldade de integração entre os serviços de saúde.
Conclui-se que é necessária uma reorganização do trabalho em saúde, de uma
maior capacitação das equipes e de uma aproximação mais eficaz com o território e
os usuários, de modo a garantir um cuidado contínuo, integral, humanizado e de
qualidade.