Flavonoides: revisão do seu efeito antiviral contra dengue, zika e Chikungunya e estudos in silico de suas propriedades ADMET
Resumo
Arboviroses são doenças transmitidas por arbovírus como dengue, zika e chikungunya, e possuem como característica a transmissão por artrópodes. Neste caso, o principal vetor na transmissão desses vírus é o mosquito Aedes Aegypti, que tem sido motivo de grande preocupação para a saúde da população de regiões tropicais e subtropicais devido às condições ambientais que favorecem a proliferação e disseminação desses vetores. Essas viroses podem acarretar em quadros clínicos desde leves a graves e crônicos, causando impacto a longo prazo na vida dos pacientes, que possuem como opção tratamentos paliativos indiretos. Diante disso, é de grande importância a necessidade de busca de novas alternativas terapêuticas para o desenvolvimento de antivirais. Para isso, tem-se como opção o estudo de substâncias naturais, que apresentam grande estrutural como potencial fonte terapêutica. Os flavonoides constituem uma vasta classe de compostos naturais que vem sendo amplamente estudada por apresentar diversidade biológica e potencial terapêutico como antioxidante, anti-inflamatório, anticancerígeno e antiviral. Com isso, este estudo teve como objetivo fazer um levantamento bibliográfico sobre flavonoides com potencial antiviral frente a arboviroses, avaliando as classes mais utilizadas e os compostos com melhores desempenhos antivirais para cada arbovírus. Dentre as classes de flavonoides vistas no estudo, flavanona foi a mais estudada para dengue vírus, enquanto que flavona e flavonol foram mais vistas nos estudos direcionados a zika e flavona para chikungunya. Para os fitoconstituintes relacionados à dengue, foram escolhidas as flavanonas Glabranina, 7-O-Metil-Glabranina e Soforoflavanona G. Para zika foram analisados o flavonol miricetina e a flavona baicaleína, enquanto que para chikungunya foram analisadas as flavonas Apigenina, luteolina e baicaleína.