O atendimento fisioterapêutico no processo de pré-protetização na amputação de membros inferiores.
Resumen
O termo “Amputação” é definido como a retirada total ou parcial de um membro
ou segmento do corpo podendo ocorrer de forma preventiva ou de forma traumática.
Cerca de 85% das amputações ocorrem em membros inferiores, sendo o nível
transtibial o mais prevalente. A fase pré-protética visa preparar o paciente e o coto
para a utilização da prótese para que o paciente tenha um melhor desempenho e,
consequentemente, mais independência. Buscando um melhor entendimento sobre
as intervenções fisioterapêuticas na fase de pré-protetização de MMII, parece haver
uma maior ênfase na literatura com evidências relacionadas à fase de protetização
comparada à fase de pré-protetização. Nesse sentido, o presente estudo visa realizar
uma revisão da literatura sobre as estratégias terapêuticas utilizadas na fisioterapia
na fase pré-protética em indivíduos com amputação transtibial. Este estudo foi
realizado através de revisão bibliográfica em meio eletrônico nas seguintes bases de
dados: National Library of Medicine (PubMed), Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Physiotherapy Evidence Database (PEDro),
Cochrane Library e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Foram definidos como
critérios de inclusão artigos publicados entre os anos de 2012 e 2022, na língua
inglesa e portuguesa, que mencionavam os temas de fisioterapia na fase pré-protética
e com desenhos de estudo do tipo ensaio clínico, revisão sistemática ou integrativa,
metanálise e estudo observacional. Foram selecionados 2 trabalhos para análise,
publicados entre os anos de 2016 e 2017. As evidências incluídas neste estudo
destacaram a importância dos exercícios físicos, sendo benéficos no manejo da dor e
edema, manutenção e/ou ganho de amplitude de movimento, fortalecimento muscular,
ganho de mobilidade global, melhora nas transferências, ganho de equilíbrio e
melhora do condicionamento cardiovascular. A prática de exercícios físicos é um
componente crucial para melhorar a qualidade de vida, mobilidade e funcionalidade
de pacientes com amputação transtibial, enfatizando a importância de futuras
pesquisas e aprimoramento contínuo das abordagens fisioterapêuticas.