Atividades extracurriculares na escola (jiu-jitsu): quando a formação do professor importa.
Resumo
Durante muitos anos o professor de jiu-jítsu estava presente, em grande parte, apenas em
academias e centros de lutas, a formação desse professor era relacionada aos anos que
vivenciava o esporte dentro desses locais e muitos não possuíam formação em Educação
Física. Atualmente as universidades possuem disciplinas para tratar da modalidade. No
mesmo sentido, a modalidade tem encontrado lugar nas escolas de educação básica, seja como
um conteúdo da educação física (lutas) ou como atividade extraclasse. Segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais da área da Educação Física, o jiu-jítsu faz parte de um componente
curricular denominado como cultura corporal de movimento que tem como temas o jogo, a
ginástica, o esporte, as lutas, a dança, a capoeira e outras temáticas que apresentarem relações
com a cultura corporal de movimento e o contexto histórico-social dos alunos. No presente
trabalho optamos por dar enfoque no jiu-jitsu enquanto atividade extracurricular na escola.
São duas as questões centrais deste estudo: 1) qual a relação das atividades extracurriculares
com a realidade escolar? e 2) qual a contribuição da formação em educação física para os
professores de jiu-jitsu que ministram aulas extracurriculares? A pesquisa será realizada com
a aplicação de um questionário de entrevista semiestruturado a professores de jiu-jitsu
formados e não formados em educação física e que atuem em atividades extracurriculares nas
escolas. O eixo central do questionário é identificar as diferenças presentes na estrutura das
aulas (objetivo e metodologia) de um professor de Jiu-jitsu formado em Educação Física e um
professor de Jiu-jitsu sem formação em Educação Física. Adicionalmente, pretendemos
avaliar a relação dessa atividade extracurricular com a escola, isto é, se ela se articula com a
disciplina educação física ou com a missão da escola.