O corpo na escola e a construção da imagem corporal.
Abstract
No final da educação básica os alunos já possuem um conhecimento mais
consolidado sobre corpo, seja a partir de um olhar biológico (os sistemas e suas funções
no corpo), sobre a saúde (estilos e condições de vida), e também em uma perspectiva
social (influências e padrões). Ainda assim, os alunos com suas diferentes formas de
corpo, em seu processo de formação, e na transição para a idade adulta, sofrem muito
com as influências da exposição massiva de um modelo de corpo que vem sendo
vendida pelos meios de comunicação, já que a procura por esse corpo considerado ideal
é estimulada incessantemente. Neste contexto, o problema pautado nesta pesquisa se
evidencia no momento em que o indivíduo considera que seu corpo não se assemelha ao
padrão estético disseminado e valorizado pela mídia. A pesquisa teve como objetivo
analisar as influências dos padrões corporais construídos socialmente na avaliação do
próprio corpo em alunos do ensino médio. Se caracteriza como um estudo de natureza
qualitativa, envolvendo alunos concluintes do ensino médio que alcançaram o
maioridade. Para realizá-la, foi elaborado um questionário on-line e a análises das
respostas se inspirou nas atitudes metodológicas propostas por Rosa Fischer (2003).
Desse modo, foi possível identificar a existência de um padrão e de estímulos
incessantes que levam a uma “corrida”, pautada por julgamentos e insatisfações, para se
alcançar o modelo. Mesmo quando se percebe que se trata de uma corrida perdida, pois
os mercados e os discursos hegemônicos sobre saúde e estética precisam que a corrida
não cesse.