Avaliação dos membros superiores de pacientes acompanhados por teleatendimento em terapia ocupacional: um relato de experiência de duas extensionistas frente a pandemia da Covid-19
Date
2022Author
Mascarenhas, Caroline Rodrigues
Santos, Milena Rocha dos
Metadata
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No ano de 2020, a partir da pandemia da COVID-19 algumas medidas de prevenção
contra a alta transmissividade do vírus foram estabelecidas mundialmente, entre elas,
pode-se destacar: o distanciamento social, a quarentena domiciliar e a interrupção de
diversos serviços. Como estratégia para dar continuidade aos cuidados em saúde,
diversas categorias profissionais recorreram às Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC). Deste modo, a Telessaúde foi uma concepção adotada como um
potente recurso para dar continuidade aos atendimentos terapêuticos ocupacionais
na reabilitação do membro superior. No Brasil, a Telessaúde está regulamentada
emergencialmente pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
(COFFITO) e são estipuladas três modalidades de atendimento: teleconsulta,
telemonitoramento e teleconsultoria. No entanto, para utilizar esta ferramenta, foi
necessário adaptar ou substituir as avaliações usadas comumente para reabilitação
física, assim, este estudo tem o objetivo de apresentar o relato da experiência de duas
discentes do curso de Terapia Ocupacional, descrevendo os métodos e as técnicas
de avaliação terapêutica ocupacional do membro superior, observados e realizados
de maneira remota por meio dos serviços de Telessaúde de um projeto de extensão,
sob supervisão de uma docente terapeuta ocupacional. O estudo trata-se de um relato
de experiência descritivo e a experiência relatada ocorreu no período de setembro de
2020 a junho de 2021 a partir das vivências das discentes frente ao acompanhamento
de indivíduos com acometimentos ortopédicos em membros superiores, através das
modalidades de Telessaúde. Frente à interrupção dos atendimentos presenciais em
terapia ocupacional como medida de prevenção à pandemia da COVID-19, o uso das
ferramentas tecnológicas mostrou-se como uma estratégia potente, que possibilitou a
continuidade ao tratamento reabilitador do membro superior. No entanto, para dar
início ao tratamento, pautado no diagnóstico terapêutico ocupacional, fez-se
necessário avaliar o indivíduo. Optou-se por elaborar uma ficha de avaliação
padronizada para o membro superior, adaptando ao formato do teleatendimento e
telemonitoramento. A experiência de acompanhar a avaliação remota, proporcionou
às discentes a valorização dos conceitos e fundamentos da avaliação terapêutica
ocupacional aplicados durante a graduação, proporcionando uma reflexão teóricoprática enriquecedora