Análise ecológica preliminar para fins de restauração de uma área degradada, colonizada por Casuarina equisetifolia L.
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Data
2018Autor
Tostes, Sínthia Leticia de Souza.
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Um dos maiores desafios da comunidade científica no ramo da botânica, tem sido,
desenvolver métodos para a recuperação florestal deste ecossistema in situ, uma
vez que este ambiente por questões ecológicas, tem enorme sensibilidade e
dificuldades para a regeneração natural após sofrerem perturbações graves .Na
Região dos Lagos, com maior expressão em Arraial do Cabo, o ambiente de
restinga, sofreu grande degradação pelas atividades da Companhia Nacional de
Álcalis, modificando a paisagem com a introdução da espécie Casuarina ao longo
dos anos. Diante disso o trabalho teve como finalidade, identificar as espécies que
habitam locais degradados e colonizados pela C. equisetifolia L., identificar aspectos
ecológicos e socioambientais da degradação e regeneração natural na área de
estudo e apontar diretrizes para futuros projetos de restauração da área de estudo. A
metodologia consiste no uso de métodos de observação dos hábitos ecológicos das
espécies nativas identificadas e encontradas nos ambientes degradados em meio a
invasão da C. equisetifolia L., considerando aspectos importantes dos saberes
locais, onde as informações neste campo foram buscadas por entrevistas trazendo
um caráter multidisciplinar para a análise. Os resultados indicam a predominância
das espécies: Schinus terebinthifolius Raddi, Pilosocereus arrabidae (Lem.), Cyperus
esculentus L., Lantana camara L., Salicornia e Allagoptera arenaria (Gomes)
Kuntze. Indica-se a confecção de PRAD’s. (Plano de Recuperação de área
Degradada) utilizando as espécies encontradas nos pontos estudados com exceção
de Salicornia sp que indicam terrenos mais salinos. Conclui-se pelo levantamento de
campo, priorizar espécies com hábitos ecológicos semelhantes, contemplando
também as respectivas famílias com ocorrência na Massambaba. Propõe-se que
futuros PRAD’s sejam realizados de forma consorciada com a espécie exótica
predominante (C.equisetifolia L., evitando maiores impactos em decorrência de
supressões que historicamente não foram bem sucedidas.