Relação entre o uso de jogos eletrônicos e ansiedade e o papel do exercício físico sobre a saúde física e mental de crianças e adolescentes gamers.
Abstract
INTRODUÇÃO: Com o avanço tecnológico e o fenômeno da globalização muitos dos
hábitos de crianças e adolescentes têm sofrido modificações, principalmente nas
atividades de lazer. A infância moderna colabora para que novas formas de
entretenimento surjam substituindo algumas práticas de diversão antigas, a saber, os
jogos eletrônicos, smartphones e computadores. Esses novos nichos tem gerado uma
transição no processo de amadurecimento social, cognitivo e afetivo das crianças e
adolescentes. Os jogos digitais propriamente ditos podem apresentar algumas
repercussões negativas que podem afetar os desempenhos sociais e mentais dessa
população. O Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais DSM-5 já
inclui o transtorno de jogo pela internet como uma condição de saúde mental e aponta
que o tempo de uso exorbitante na frente das telas pode ocasionar efeitos no sistema
cognitivo e comportamental. OBJETIVO: Esta revisão sistemática tem por objetivo
investigar se há relação entre ansiedade e jogos eletrônicos em crianças e
adolescentes que estão expostos a um grande período frente às telas e o papel do
exercício físico na saúde física e mental. METODOLOGIA: O estudo apresentado
trata-se de uma revisão sistemática baseada na metodologia PRISMA. Foram
realizadas buscas nas bases de dados das plataformas PubMed, BVS, Cochrane e
LILACS. RESULTADOS: Na primeira seleção foram identificados 149 resultados no
total, 44 estudos foram excluídos pois se encontravam em duplicatas, na segunda
triagem 105 artigos foram analisados pelos títulos e resumos, e 99 se encontraram
com títulos e resumos discordantes com a proposta. Sendo assim, seis artigos
atenderam aos critérios pré-estabelecidos. CONCLUSÃO: Em suma, de acordo com
os resultados, pode-se observar que existe uma relação de influência dos jogos
eletrônicos com a ansiedade. O exercício físico colabora de forma positiva na redução
de hábitos e consumo excessivo de meios eletrônicos, além de demonstrar ser um
agente potente no controle da ansiedade.