2015 e as feiras étnicas no RJ: Estudo sócio cultural da ação de mulheres negras empreendedoras com estudo de caso da Feira Crespa.
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo apresentar um estudo sobre a contribuição sociocultural
das feiras realizadas por empreendedoras negras afro em 2015 no Rio de Janeiro. A
apresentação comporta olhares sobre o cenário econômico e social para essa parcela da
população e sobre o produto cultural enfatizado nessa pesquisa: feiras afro. A partir de
pesquisas de livros, artigos, e de pesquisa ativista, apresentamse os conceitos e as práticas do
empreendedorismo negro como modo de enfrentamento a desigualdades sociais. Ao analisar o
cenário econômico das mulheres negras, afro descendentes e brasileiras na diáspora, e as
contribuições negativas para as mesmas, pós 100 anos de escravidão no Brasil, a Feira Crespa
foi escolhida como objeto/ produto cultural por combater uma parte considerável dos
questionamentos apresentados a partir de uma ação multicultural para a mulher negra,
resultando em movimento progressivo de benefícios políticosociais, tais como:
empoderamento feminino, auto estima da mulher negra, desenvolvimento de negócios
sustentáveis e conhecimento de direitos humanos básicos. A Feira Crespa é realizada no
bairro da Pavuna, na cidade do Rio de Janeiro e todos os benefícios que a mesma traz são
resultados do investimento no empreendedorismo como propulsor de mudanças frente a um
cenário que desvaloriza o potencial do negro no Brasil. Assim resumese a proposta de estudo
circunscrevendo o ano de 2015 e as Feiras Étnicas no RJ: da ação de mulheres negras
empreendedoras com estudo de caso da Feira Crespa.