Investigação de quitina na membrana perimicrovilar de Rhodnius prolixus, inseto vetor da Doença de Chagas
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Data
2022Autor
Nascimento, Thiago Silva do
Falção, Camila Alves Bandeira
Cardoso, Mônica Ferreira Moreira Carvalho
Metadata
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Tripanossomíase americana ou Doença de Chagas é uma doença negligenciada e um de seus principais vetores é o Rhodnius prolixus. O agente etiológico da doença é o Trypanossoma cruzi que se aloja e se diferencia dentro do intestino do vetor. No intestino do vetor existe uma membrana denominada Membrana Perimicrovilar (MPM), que recobre as microvilosidades intestinais e está envolvida com os processos de digestão do inseto, diferenciação do parasito e outras funções ainda desconhecidas. A composição da MPM é parcialmente conhecida, a molécula de quitina, apesar de identificada no intestino, ainda não foi associada à MPM, à semelhança com o que ocorre com a matriz peritrófica em outros insetos. Vale destacar a importância biotecnológica da molécula de quitina, que é o segundo biopolissacarídeo mais abundante presente na Terra, com potencial para substituir polissacarídeos sintéticos por ser biocompatível, biodegradável, não causando danos ao meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi investigar a existência de quitina na MPM de R. prolixus em ninfas de 5º estádio do inseto, as quais foram alimentadas com sangue, no 10º dia e nos dias de 15 a 18 após à alimentação o conteúdo luminal foi coletado e submetido ao tratamento com a enzima papaína para a digestão de proteínas. Em seguida a extração de lipídeos foi feita e o tratamento com hidróxido de potássio (KOH) 10 M à quente e por fim foi feito o clareamento do material com ácido clorídrico (HCl) e acetona. Em seguida o material foi lavado com água e seco. Este material foi submetido à espectroscopia no infravermelho em comparação com a quitina comercial. A detecção de quitina foi feita com aglutinina de gérmen de trigo ligada a isotiocianato de fluoresceína (WGA-FITC) por microscopia de fluorescência. A técnica utilizada para separar o conteúdo luminal e a MPM foi a ultracentrifugação em gradiente de sacarose. A quitina encontrada na fração da MPM foi identificada por técnicas de espectrofotometria, microscopia de fluorescência com WGA-FITC e microscopia de varredura.