Mediações e reflexões sobre direitos humanos e a população LGBTI+ a partir de uma oficina de audiovisual em uma escola estadual
Resumen
Esta pesquisa investigou como abordar a sexualidade na escola pode promover o
respeito à diversidade sexual e de gênero. Foram criados três artigos: o primeiro
analisou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), examinando os avanços e retrocessos após a BNCC, a postura do
movimento Escola Sem Partido e sua influência na aprovação da BNCC. O método
usado foi pesquisa qualitativa, com análise bibliográfica e documental. O segundo
artigo destacou a importância de tratar sexualidade e gênero na escola para apoiar
estudantes LGBTI+. Foi feita pesquisa qualitativa com entrevistas a professores e
questionários a estudantes do ensino médio. O terceiro artigo apresentou uma oficina
de audiovisual sobre sexualidade e gênero, realizada com estudantes do ensino
médio, divulgada por meio de um portfólio intitulado “Cine Arco-íris Portfólio dos
vídeos da oficina de audiovisual”. A metodologia foi pautada na abordagem qualitativa,
assumindo procedimentos de uma pesquisa-ação. Utilizou-se a técnica do diário de
bordo para os registros e coleta de dados. Para a análise e interpretação dos dados
coletados durante o processo de pesquisa dos três artigos, utilizou-se a técnica da
Análise de Livre Interpretação (ALI). Desta forma, o produto educacional da presente
pesquisa consistiu numa oficina de audiovisual construída por estudantes do ensino
médio sobre a temática sexualidade e gênero, que está sendo divulgado para
professores por meio de um portfólio. Os resultados apontam para a predominância
de um currículo e práticas que silenciam as discussões relacionadas à diversidade
sexual e de gênero, com prejuízos ao reconhecimento e respeito ao ser humano em
sua diversidade. Evidenciou-se que na escola onde a pesquisa foi realizada não se
discute ações de enfrentamento e combate ao preconceito e discriminação contra a
população LGBTI+. As análises realizadas indicam a eficácia da oficina como um
espaço de construção de diálogos, escuta, acolhimento, proteção e reflexão sobre
ações de enfrentamento e combate ao preconceito e discriminação contra a
população LGBTI+, sobretudo no ambiente escolar.