Vão-se os dedos, são os anéis que ficam
Abstract
O trabalho aqui apresentado consiste em um memorial do processo
de produção da exposição “Vão-se os dedos, são os anéis que ficam”, realizada
na Casa de Cultura Mário Quintana, na cidade de Porto Alegre/ RS. Trata-se de
uma proposta de exposição artística inspirada na obra Velório sem defunto
(1990) de Mário Quintana, última obra escrita pelo poeta, entendida como uma
obra presságio do autor diante da morte. A produção e realização desta
exposição teve como objetivo a aproximação entre artes visuais e literatura,
borrando as fronteiras de cada um desses campos específicos e atravessando
tempos distintos, promovendo uma ação que contribuísse efetivamente para o
cenário cultural local, estando intrinsicamente relacionada a história do espaço
eleito para a realização da pesquisa proposta e almejando a produção de
experiências frente à temas tabus, como morte e perda, através do caráter social
da arte.