Determinação de metais traço e avaliação de risco à saúde dos queijos artesanais brasileiros.
Resumen
Há uma grande preocupação com relação a contaminação de metais tóxicos em laticínios, tendo em vista que são amplamente consumidos no mundo inteiro. Esses elementos metálicos possuem elevado potencial tóxico e podem ser bioacumulados no leite e, consequentemente nos queijos. No Brasil, os queijos artesanais são produzidos por pequenos produtores rurais e apresentam grande relevância econômica, cultural, social e gastronômica. O objetivo deste estudo foi determinar a concentração dos metais Cromo (Cr), Cobre (Cu), Cádmio (Cd), Chumbo (Pb), Arsênio (As) e Mercúrio (Hg) em 8 tipos de queijos artesanais brasileiros (Serro, Araxá, Marajó, Colonial, Caipira, Serrano, Mantiqueira e Bicas da Serra). As amostras foram submetidas a extração ácida em quintuplicatas (n=40) para posterior análise por meio da Espectrometria de Massa com Plasma Acoplado Indutivamente (ICP-MS). Com base nos resultados, foi realizada uma avaliação de risco à saúde, para determinação da estimativa diária de ingestão (EDI), quociente de perigo alvo (THQ) e índice de perigo (HI). Foram observadas concentrações variáveis entre os diferentes tipos de queijo, mas em todos os casos os valores de THQ e HI foram menores que 1, indicando ausência de risco potencial no consumo de queijos artesanais em relação à ingestão de metais pesados. Os resultados sugerem que o consumo dos queijos artesanais brasileiros não apresenta risco potencial à saúde.