A apraxia da fala em crianças com transtorno do espectro autista e a terapia ocupacional: uma revisão integrativa da literatura.
Resumen
Introdução: A Apraxia de Fala na Infância e o Transtorno do Espectro Autista
apresentam em suas características semelhanças e diferenças sutis, que
dificultam o processo de avaliação para distinguir o diagnóstico e determinar o
tratamento mais eficiente nas crianças com idade entre 0 e 6 anos. Objetivo:
Avaliar a relação entre a Apraxia de Fala na Infância e o Transtorno do
Espectro Autista e a contribuição do terapeuta ocupacional no processo de
reabilitação. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com
uma delimitação temporal de 5 anos (2019 – 2023) e incluiu publicações
científicas nacionais e internacionais, a mesma foi realizada entre janeiro e
maio de 2023, nos idiomas inglês, português e espanhol. Adotaram-se as
seguintes bases de dados: Literatura Latino-americana e do Caribe em ciências
da Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica
(Medline) e a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram encontrados 1.680
artigos, dos quais foram excluídos 1.677 artigos por motivos diversos, dos
quais foram selecionados para a amostra final 3 artigos para compor o corpus
de dados de análise desta pesquisa. Resultados: Os três artigos abordaram a
temática de forma diferente, trouxeram a incidência da Apraxia de Fala na
Infância em crianças com Transtorno do Espectro Autista; a identificação das
diferenças cerebrais entre os transtornos supracitados através da ressonância
magnética; avaliações que verificaram alterações comuns, como a dificuldade
na linguagem - a distorção na fala, prosódia e no tom e a necessidade de
mudanças na construção do dispositivo de Tecnologia Assistiva –
Comunicação Aumentativa e Alternativa. Discussão: Foi possível identificar a
presença de dificuldades na comunicação, interação social e déficits cognitivos
nos dois diagnósticos, por conseguinte, o atraso no desenvolvimento da
criança. Em vista disso, constatou-se a importância do terapeuta ocupacional
ser inserido no processo de reabilitação e, assim, contribuir na estimulação das
habilidades sensório-motora, cognitiva e psicossocial e, desta forma, promover
independência e autonomia no desempenho ocupacional deste público-alvo.