Concordância entre equações de predição de força de preensão palmar para medidas obtidas em idosos hospitalizados
Abstract
Introdução: O aumento da expectativa de vida no Brasil é uma realidade, entretanto,
o avançar da idade da população traz consigo o concomitante incremento dos
problemas de saúde. A força muscular pode ser definida como a capacidade do
músculo de produzir tensão e torque. Contudo, os idosos costumam apresentar
redução dessa capacidade e isso torna-se mais evidente quando o envelhecimento
está atrelado ao sedentarismo. A FPP é uma medida de fácil obtenção e
reprodutibilidade, e a sua redução está relacionada à desfechos desfavoráveis nos
idosos, sendo o dinamômetro o instrumento validado na literatura para sua aferição.
Além disso, existem equações para a predição da FPP, sendo simples a sua utilização
na prática profissional. Entretanto, algumas equações podem superestimar ou
subestimar os resultados da dinamometria, induzindo a um erro na interpretação
clínica do dado. Objetivos: Observar e analisar a concordância entre as equações
preditoras de força de preensão palmar para a população idosa. Materiais e
métodos: Estudo transversal, no qual foram avaliados 44 indivíduos idosos entre 70 e
90 anos com diferentes condições de saúde, através do dinamômetro hidráulico
Camry, modelo EH-10. Ademais, os resultados obtidos foram comparados com os
previstos pelas equações de Novaes et al (2009), Neves et al (2017) e Tveter et al
(2014). Análise estatística: Os dados foram apresentados como frequência absoluta,
relativa, média e desvio-padrão. Para aferição da concordância entre a força muscular
periférica verificada pela FPP e as previstas por diferentes equações antropométricas,
utilizou-se o teste de Bland-Altman para verificar a concordância dos diferentes
métodos por meio dos gráficos. Para classificar o grau de concordância, foram
utilizadas as categorizações propostas por Landis e Koch. Para todas as análises e
confecções dos gráficos, foi utilizado o software GraphPad 5®. Resultados: Média
das características demográficas das amostras: Idade: 76,8; Sexo: 0,5; Peso (kg):
67,8; Altura (m): 1,62; Altura (cm): 161,5; IMC (kg/m2): 26,2; FPP – dominante (kgf):
21; Tveter et al: 29,6; Novaes et al: 28,5; Neves et al: 35,4. Conclusão: Através das
equações propostas para FPP os idosos apresentaram-se abaixo do previsto,
caracterizando uma condição de dinapenia. As equações apresentaram uma
concordância moderada.