A maternidade como desafio para mães servidoras e alunas no IFRJ Campus Volta Redonda: reflexões feministas à luz da EPT.
Abstract
A presente pesquisa é fruto de reflexões nascidas da roda de conversa intitulada "Criaturas insensíveis: o (não) lugar de mães e crianças no IFRJ" na V Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEMEPE) no Campus Volta Redonda. Evento este que gerou, posteriormente, uma carta aberta à comunidade, assinada por todas as servidoras envolvidas. Como fruto de tal discussão, esta pesquisa tematiza a invisibilidade da mãe profissional/discente na política interna do Instituto Federal do Rio de Janeiro e, assim, propõe, como produto educacional, a elaboração de um minicurso de formação para gestores quanto às dificuldades pelas mães do campus. Esta proposta vai além da teoria, buscando contribuir, de forma efetiva, com transformações práticas e concretas dentro do campus Volta Redonda. Acredita-se que a capaitação dos gestores pode gerar impactos positivos e duradouros, de forma a implementar mudanças, desenvolver intervenções e promover melhorias no campus Volta Redonda. O tema aqui abordado nos permite perceber que o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para servidoras, alunas mães e suas respectivas crianças nos ambientes acadêmicos e laborais se torna necessário uma vez que o campus Volta Redonda não apresenta, em sua estrutura, um espaço para possibilitar o acolhimento e apoio a estas mulheres. Dessa forma, é fundamental realizar estudos acerca da maternidade, discutindo as condições de trabalho da mulher no IFRJ, numa perspectiva inclusiva, ligada à organização do espaço escolar, afinada com a diversidade e em sintonia com objetivos da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), segundo a qual, a prática laboral deve funcionar como princípio educativo pautado na formação omnilateral.