Desenvolvimento de um formulário sobre COVID-19 para o INFRADRECRI: produção tecnológica
Abstract
Introdução: O Inventário de Fatores de Risco no Ambiente Domiciliar para o
Sistema Respiratório da Criança - INFRADRECRI, criado e validado pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ, é um
questionário até então composto por 97 itens, divididos em 3 dimensões. O
desenvolvimento de um formulário sobre riscos respiratórios associados à COVID-19
para o INFRADRECRI se justifica pela pandemia declarada em 2020 e pela
permanência do vírus entre as populações nos anos subsequentes. Inicialmente,
sem o devido conhecimento científico, a transmissão vertical (TV) da COVID-19, no
período gestacional, durante o parto e pelo leite materno, foi motivo de investigação,
o que provocou a adoção de medidas rigorosas de higiene, por parte dos
profissionais da saúde e das mães, para evitar infecções neonatais. Objetivo:
Desenvolver um formulário com questões sobre os fatores de risco relativos à
COVID-19 para compor a atualização do INFRADRECRI. Metodologia:
Inicialmente, foi realizada uma revisão integrativa da literatura científica nas bases
de dados PubMed (Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos), por meio
da busca por respostas da pergunta sobre fatores de riscos relativos à COVID-19
em gestantes e lactantes. Resultado: A revisão resultou em 33 artigos sobre
gestantes e a criação de anticorpos devido à vacina da COVID-19, e 36 artigos
sobre a vacinação da COVID-19 em lactantes. A TV apresenta riscos para o sistema
respiratório da criança, podendo gerar Taquipnéia Transitória do Recém-nascido,
desconforto respiratório e letargia, o que pode levar o RN a necessitar de
oxigenoterapia. Não é possível confirmar a transmissão através do leite materno, o
Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG) e European Union of
Neonatal and Perinatal Societies recomendam que a amamentação deve ser
mantida. Discussão: A falta de todas análises em consenso tornam os estudos
limitados em relação a descoberta de uma possível TV e a capacidade do vírus de
atravessar a placenta no útero; variação na suscetibilidade por idade gestacional;
gravidade da infecção materna; curso clínico em RN, potenciais efeitos
teratogênicos, efeitos virais na vasculatura uterina e tecido placentário. Conclusão:
A TV da COVID-19 no segundo e terceiro trimestre ainda é desconhecida, e não foi
possível afirmar a TV através do leite materno, devido à falta de testes rotineiros nos
RN. Sendo importante o formulário para detectar riscos para o adoecimento por
causa respiratórios nas crianças da faixa etária do INFRADRECRI (crianças até 5
anos de idade) relacionados com a infecção materna por COVID-19.